domingo, 22 de junho de 2014

Maria Caneta

Ele pega a caneta e eu me derreto
Se digita um texto eu floresço sorrisos
Homens que escrevem me fascinam
Acho que sou um novo tipo de Maria.

CURA

Pra que tanta tecnologia
Se um rio tão gigantesco
Me separa do meu amor.
Quero ver um inventor
Inventar a cura pra saudade

No meio de tantas viagens.

Escrever

Era pra escrever?
Cadê a magia do escritor?
Tec, tec, tec, tec
A tinta da máquina acabou.

sábado, 7 de junho de 2014

Casal de Dança

Esse casal de dançarinos remexe e mexe
Mas que pouca vergonha de se ver!
Se encoxam, se encaixam, suam e giram
No ritmo da música quase fazem um bebê
E o povo aplaude tamanha baixaria
Querem me convencer que essa dança é artes
Isso tá mais para transação artística!

                                               

Tomada por Fantasia

Me imagino vivendo em um louco mundo
Quebrando rígidas regras com sutileza
Com gestos carregados de verdades obvias
Que são cegadas pelo mundo frio e austero
Quero um mundo com Mary Poppins e Bert
Quero pular num quadro pintado no chão
E atravessar para outra dimensão
Quero parar no teto de tanto rir
Calar os deficientes visuais da alma
Com as verdades infantis mais reais
Vencer corrida em um cavalo de carrossel
Ter uma fita métrica que revele pessoas
Sapatear sem motivo algum pelos telhados
E ser uma banda ambulante para divertir a todos
Quero chocar com verdades musicais
E não perder a pureza da infância
Ainda quero adoçar aquele remédio ruim de descer
E poder criar palavras para qualquer situação
Isso é tão supercalifragilisticoespialidoso!